terça-feira, 17 de junho de 2008

"Visões do futuro hoje ou: sem talento para cartomante"

Sempre é o mesmo trólóló. A ficção científica dita que o futuro vai ser assim e assado e aí quando ele chega, é tudo mentira. Às vezes acertam em gênero e número, mas sempre erram no grau. Os robôs, por exemplo. Que existem, existem, mas os que têm alguma utilidade não têm charme. E os que são belos, para nada servem. Logo, quem achava que teríamos diaristas sem sotaque nem CLT, quebrou a cara.
















A ficção sempre é mais romântica. Mesmo quando cafona.


O futuro atômico apocalíptico a la “Exterminador do Futuro” nunca aconteceu e hoje parece mais improvável que jamais. Já o Big Brother do livro 1984 do George Orwell, esse sim aconteceu, mas ao invés de ser os “olhos que tudo vêem”, virou franquia de programa de TV e inventou um novo tipo de teledramaturgia. Orwell, que era anarquista e lutou na Guerra civil espanhola, deve estar se revirando.

Mas os olhos que tudo vêem existem e são alimentados por nós. São os Orkuts, MSNs, Gazzags, Facebooks, I Googles, etc. onde entregamos de mão beijada o que pensamos, queremos e tememos a qualquer um que esteja disposto a descobrir. Parece paranóia dizer que o Google pode dominar o mundo? Para o governo chinês não pareceu, quando pediu a ajuda dos caras para impedir o livre fluxo de informação no país. Democracia e liberdade é para quem pode. Para quem tem que manter 1 bilhão de nêgo sob o cabresto, é luxo.






















Rosie, doméstica dos Jetsons; Será que dá para programá-la para dizer “dentro da pia”, ao invés de “dendapia”?

Mas amigos me dizem que teremos robôs como a Rosie quando a inteligência artificial evoluir. Falam que no futuro isso vai ser possível e que patati patátá. Será que o meu computador é precoce então, porque tenho certeza que ele já tem pensamento próprio. Reconheço que não sei qual lógica usa, nem quais os fins para as suas ações, mas que já toma decisões por si próprio sem me consultar, ah isso já toma. E pela cara de tacho dos técnicos, quando não conseguem resolver o problema, percebo que não estou sozinho na minha certeza.

Posso dizer que nunca terei um robô em casa. Pelo menos o meu computador, por mais rebelde, não tem como me assassinar enquanto eu durmo, nem por fogo no apartamento, caso role um vírus.

Baseado nessas e outras coisas, resolvi criar uma série em quadrinhos chamada “O futuro hoje”. O primeiro personagem estréia logo abaixo. É o computo. Clique sobre a imagem:













Mas minha idéia não é original. Tex Avery fez mais e melhor em quatro paródias sobre a visão do futuro com “House of tomorrow” (1949) “Car of tomorrow”(1951), TV of tomorrow (1953) e Farm of Tomorrow (1954). Tirando “TV of tomorrow”, muito pouco inspirada (o prazo estava apertado), todas valem a pena.

Avery não achava esses desenhos grande coisa por serem sucessão de piadas desconexas, sem um gancho para a história. De fato não são os melhores dele, mas Avery é como Pizza e sacanagem. Até quando é ruim, é bom.

House of tomorrow

Car of tomorrow

Tv of tomorrow

Farm of tomorrow

Adeus







Um comentário:

Anônimo disse...

È claro, mon chéri,que se vc. não acredita em cartomantes é porque vc. nunca provou dos poderes paranormais de Lady LePork....afinal, adivinhar o futuro das pessoas não é tão dificil assim,é sempre a lesma lerda para todo mundo....