Esses negócio de economia aí, pa nóis, só vai sê marola.
O Obama é crioulo. Por isso, eu não ficaria chocado se ele perdesse, a despeito da máquina de publicidade, da simpatia e do sorriso Colgate.
Dependendo para que lado se pende, o negócio é dizer o oposto do que se pensa, senão, vai-se direto para o calabouço social. Imagine só, dizer que lugar de mulher não é nas Forças Armadas. É o que eu penso, mas não ouso dizer, senão me rotulam machista de imediato, e facista, homófobo e racista de bônus. Sobretudo se o inquisidor desconhecer minha cor da cútis ou for cego ou daltônico.
Existe um livrinho supimpa, sobre como números podem ser distorcidos e entortados ao gosto do freguês. Freakonomics. Recomendo. Em dado capítulo, fica provado por A + B; por quê mente-se tanto em pesquisas eleitorais, sobretudo quando sexo e raça estão envolvidos. Afinal, o voto é secreto, e ninguém quer ir para o calabouço só por não querer votar numa muié ou num negão. Hay que contar una mentiritcha.
E assim caminha a humanidade. Uns mentindo mais, outros, mais ainda. Alguém viu o Greenspan semana passada? Dizendo que errou. Sei. E eu lá tenho cara de mulher de malandro, ô Alan? Ele e sua patota, que coincidentemente são donos das maiores redes de TV americanas, fizeram todo mundo acreditar que investir na bolsa era o que havia de mais supimpa. Fingiram que não viam as grandes corretoras, bancos e o escambau aderindo à farra dos derivativos. E agora vem dizer que errou, enquanto sua patota usa suas emissoras cabulosas para nos mostrar a extensão da tragédia. Só que dinheiro não evapora. Só troca de mãos. Foi pra mão de quem, o dinheiro? Quem hoje, pode comprar bancos, empresas e terras a preço de banana? Ou será que os gurus das finanças emprestavam a quem não tinha e lançavam o pagamento futuro como lucro, criando bilhões, trilhões que nunca existiram? Ou as duas coisas?
As maiores verdades só podem ser vistas pelas sombras que causam. Agora, em que sentidos devemos confiar, se tudo em nossa volta foi feito para enganá-los ? Sobretudo a mídia, que reduziu informação a entretenimento. Afinal, verdades são indigestas. Especialmente na hora do jantar, se é que me manjam....
Já aprendemos a fazer novela travestida de jornal. Assistimos tudo, de O.J. Simpson a 11 de Setembro, e aprendemos a fórmula, pois aprendemos rápido. As nossas não têm nem perseguição de carro, nem efeitos especiais que fazem Cabum, mas ainda assim, fazem tanto sucesso quanto uma novela com Siozinho Malta, Viúva Porsina e Beato Salú faria. Acabou de acabar uma aí, a da Eloá.
A Eloá virou estrela. Se tivesse se metido nessa fria uns 15 anos atrás, possivelmente teria saído menos famosa, mas sem uma bala no crânio, pois não teria havido Circo. Bom, verdade que o bom e velho Notícias Populares teria estampado na primeira página, claro.
O NP Fez escola. O Jornal Nacional que o diga. Ai, que saudades dos tempos de Eliakim e Cid.
Quando um governo legisla contra a “livre” imprensa é censura. E quando a “livre” imprensa faz o que bem entende sem pensar nas conseqüências? (ai, esqueci que o trema caiu) consequências?
Tanto as mentiras do Pinóquio quanto as do Greenspan, do Lula e da mídia, atrapalham muito a vida dos outros. Mas Pinóquio era inocente e tinha uma consciência, ainda que em forma de Grilo.
Mas as mentiras dos líderes já atrapalharam mais a vida de Pinóquio do que vice versa. Pinóquio foi o segundo filme dos estúdios Disney. Exigiu um esforço hercúleo dos artistas, para que alcançassem o padrão de realismo imposto por Walt. Começou a ser feito no final da década de 30. Estreou em 1940. Walt quase faliu por não poder contar com o mercado europeu, já afetado pela guerra, para recuperar o seu investimento de mais de 2 milhões e meio de paus, pois em 1941 armou-se, ou deixou-se acontecer, o ataque a Pearl Harbor. Antes disso, os americanos não estavam nem aí para a guerra na Europa. Depois do ataque, o sentimento de patriotismo foi aceso e milhares de soldados se alistaram para defender a liberdade no além mar, tornando a guerra, de fato mundial.
“As montanhas devem ser desenhadas como se pudessem ser escaladas. As casas, como se pudessem ser adentradas e quando chegar na sequência da baleia, as águas devem parecer profundas, molhadas e salgadas”. Eram as palavras de Walt à sua equipe. Veja o resultado. Dê tirar o fôlego.
Entre os vencedores, sairiam os EUA, mas sobretudo os banqueiros, que financiaram a guerra, emprestando dinheiro ao governo e cobrando juros, claro. Os mesmos que tinham o controle dos meios de comunicação quando noticiaram o ataque a Pearl Harbor e depois, inflaram o furor nacionalista. Tragédia, manipulação de fatos, guerra, empréstimo a juros. Isso aconteceu na primeira guerra, na segunda, no Vietnã e agora no Iraque. Alta de bolsas, quebradeira e compra do fruto do suor dos outros a preço de banana. Aconteceu em 1907, 1929 e vai acontecer de novo agora. E lógico, cortaram o barato do pobre Pinóquio. Que do mal, é essa galera. Mas que manja, manja.
Bái