quinta-feira, 17 de abril de 2008

Trailer Infinita Highway Gilson

(versão sem lenga lenga)

Oi,

Olha o trailer do novo episódio do Gilson, que legal.

Tchau.



(versão deluxe)

Feliz ano novo e todas aquelas coisas...Fiquei me perguntando, durante a queima de fogos, quem inventou esse troço de queimar fogos no reveillon. Deve ter sido algum lobbysta da Caramuru. Mas aí me dei conta que isso acontece em âmbito mundial. Então, comecei a viajar em outracoisa: "Como é possível que um único indivíduo saído sei lá de onde, possa influenciar tanto a vida de tanta gente? ". Afinal, deve ter sido um único filisteu que sabe-se lá porquê, inventou esse negócio de pular sete ondas e se vestir branco.

Como fiquei uma semana na praia fazendo bulhufas, resolvi filosofar um pouco, tal qual um Platão da modernidade. Mas lógico, com muito menos vitaminas. Fiquei imaginando as figuras que deram uma grande contribuição para a minha vida e a quem eu nem pude agradecer. O Cara que inventou o zíper, por exemplo. Genial. Ou o cara que inventou a privada...

Antes, meditar devia ser muito menos prazeroso. É sério. Ninguém imagina como era a vida antes do durex, do clipes de papel ou da esferográfica. E olha que eu nem sempre me entusiasmo com novidades. Aliás, em certos aspectos, sou mesmo das antigas. Tenho saudades de quando em casa só havia dois controles remotos com sete botões cada. Sinto falta também de jogar video game apertando só dois botões. Pulo e soco. Essas rebinbocas muito turbinadas de hoje me fazem me sentir meio tiozinho. Ainda que com cabelo e sem usar calça de tergal.

E a vida sem o Pernalonga, então? Viajei? Pois sim...acontece que sem o Pernalonga, este trailer do Gilson não existiria. Só existe graças ao Tex Avery. Não conhece? pois saiba que ele influenciou sua vida muito mais do que a Lucélia Santos e o Francisco Cuoco juntos.

Avery foi quem criou a personalidade do Pernalonga, trabalhando na Warner, em 1940, num desenho chamado "A Wild Hare". Elmer Fudd ( Hortelino Trocaletras), pela primeira vez, mete o cano na cara do coelho que fala - também pela primeira vez - "que que há,velhinho?" (What's up doc"?).

Avery conta que fez a piada apoiada no princípio que todo mundo esperaria que o coelho tivesse qualquer outra reação. Gritar, correr, whatever....mas jamais reagir de maneira tão blasé. Acertou na mosca. O cinema veio abaixo. Schlesinger, o produtor, chegou pra ele e disse:
"Repitam isso tantas vezes quanto for possível". E foi o que eles fizeram. Não só Avery, mas todos os outros diretores que viriam a trabalhar com o Pernalonga.

Muitos anos depois, Avery admitiria que talvez tivesse repetido a piada mais vezes do que devia. Mas eu o perdôo. Primeiro, para exercitar a cristandade, segundo porque com essa ele criou não só a personalidade do Pernalonga, mas a tendência do "catchfrase". Aquele chavão que vem junto com o personagem. Osmar Santos e Silvio Luiz fizeram um mega bom proveito. Não sei se é uma grande invenção, mas que fez mais barulho do que o Francisco Cuoco em "O Outro", ah, isso fez...

Como a história tende a se repetir, o Mendes, nosso produtor, tal qualum Schlesinger da modernidade, sugeriu que fizéssemos o Gilson cantar em"embromation" sempre que tivéssemos a chance. Então tá aqui!

Quem sabe em 2060, eu dê uma entrevista dizendo que talvez "nós tenhamos exagerado na dose". Mas se por acaso ficar muito repetitivo, avise-nos antes disso, por favor.

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