segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Automóveis ou; Quão Mallandro era o Sérgio?

Adoro carros. Não os tenho belos, porque caríssimos, aqui na amada idolatrada salve salve. Os olhos da cara. Por uma carroça ainda.

Se eu fosse trocar a minha carroça atual por uma menos velha, agora seria o momento ideal. Os fatores divergem, mas o produto é o mesmo; o número de carros vendidos está caindo. E isso não é nada... sabe aquele crédito que foi liberado para a pobraiada comprar carro em 80 meses? Pois é. Se eles não conseguirem saldar as dívidas, teremos um crash no setor subprime de carros. É brincadeira?

Mas provavelmente estou me preocupando à toa, pois o nosso guia, o Luís Ignácio, diz que não temos com o que nos alarmar.


Crise? Que crise?

E duas das três maiores montadoras americanas sifu. Espera... se eu falar "sifu", você vai continuar frequentando o meu blog? "Sifu" é meio feio, né? Se bem que o presidente falou "sifu" semana passada e acharam lindo. Digo, os outros 70 por cento.

Eu, como súdito, espero mais decoro do meu cacique, quem quer que seja. Porém, sinto que mais e mais tenho menos e menos a ver com os torcedores do Luís Ignácio. Não me entendam mal, não ando sobre a água nem multiplico peixes, mas sinto que meu reino (também) não é desse mundo. Mas isso é outra história...

O que é outra história também, é que a GM e a Chrysler pediram 34 bilhões de paus e só conseguiram 14 (conseguiram vírgula, porque ainda tem que passar por votação no senado, sob oposição republicana).

Li muito a respeito dessa história porque gosto muito de economia. E de carros. Se eu fosse rico, teria vários e favoritos.

Eu sou contra esse empréstimo porque não acho justo. E a crise lá tem culpa, se americano não quer mais comprar carro americano? Os carros feitos em Detroit são, em média, duas mil e quinhentas lascas mais baratos que equivalentes japoneses. E a galera prefere os japas. Faz tempo que o pessoal da GM, Ford e Chrysler vem pisando na bola, pegando DP em "modernização". Agora pedem ajuda porque falharam nos negócios. Do que precisam é de uma lição. E quem pode lhes ensinar é a falência.

Ou, como mencionei justiça, e já que os culpados são presidentes atuais e/ou antigos dessas empresas, por que não mandar a conta para as casas deles, às custas de seus bens e dos de seus herdeiros? O contribuinte americano agradeceria.

Sei que isso já está ficando meio monótono, mas nossa, como eu adoro carros. Desde criança. Pirava naquele Pontiac Firebird, a "Super Máquina". Tanto que minha primeira bicicleta decente, uma BMX pantera preta e cinza (achava as coloridas meio maricas) ganhou o nome de K.I.T.T.


Michael, K.I.T.T. e aquele neguinho legal daquele seriado bacana. Puxa... como eu queria ter sido ele, nesse dia.

Na década de 80, o mercado americano de animação se viu ameaçado por forças estrangeiras. Diferente da patota de Detroit, os estúdios nunca foram pedir dinheiro para o governo fingindo que o problema era outro senão fruto de suas próprias incompetências. Ao invés, se modernizaram e mandaram os gringos irem passear. Nos caso, os franceses, que haviam invadido a TV americana com séries muito legais. Três delas sobre carros. Era animal.


M.A.S.K. - série produzida entre 1984 e 1985. Nessa época a televisão não tinha essa enxurrada de desenho decente como hoje, mas haviam raios de esperança em doses homeopáticas semanais. Esse era um deles. E a abertura? Não era matadora, pessoal?



Pole Position - agradava às meninas também, por causa da Daisy e do gatinho/cachorrinho/guaxinim sei lá o quê era aquela p... Faísca. Na falta de M.A.S.K., fazia a funça. Abertura que também fazia pegar a bicicleta e sair empinando cantando a musiquinha.



Jayce e os Defensores do Universo (Jayce and the Wheeled Warriors) - É. Esse também não era bolinho. Aliás, quem quer que tenha criado o layout desses carros devia estar sob efeito de ácido. Talvez eu esteja exagerando, mas com certeza tomou alguma coisa antes. E foi algo ilegal...


Esses desenhos foram todos produzidos por Jean Chalopin. Como ele, vindo de um país sem tradição em animação comercial para a TV (França) dominou metade do horário nobre infanto0juvenil americano durante a década de 80 é assunto para uma outra ocasião.

Seus desenhos foram exibidos aqui na década de 80, no Show Maravilha e no Oradukapeta (apresentado por Sérgio Mallandro).

Que tortura. Ter que ouvir, por intermináveis minutos, o que Sérgio Mallandro ou Mara Maravilha tinham a dizer, para só então poder me esbaldar nos desenhos. Mallandro era inexplicável, oscilando entre o sem graça e a total falta de noção. Sim, porque aloprava a molecadade um jeito que hoje o ministério público não permitiria. Mas às vezes era engraçado...


Mallandro. O que pensar sobre um homem que fez fama aos acordes de "Amor, vem fazer glu-glu" e "Bilu tetéia"?

Agora, se pirataria desse cana, Mara iria sem escala. Pirateava a Xuxa sem qualquer cerimônia, a mando do Silvio. E ele, para o xilindró não iria, pois manda piratear desde antes a pirataria existir. Indefinível, o senhos Abravanel.

E reconhecemos todos o fim de uma era, minha geração e eu, quando Maravilha se despiu por vários milhares de cruzeiros à Playboy, antes da conversão à Igreja crente. Não sei se Universal ou Deus é Amor.

Hoje, a geração que cresceu assistindo aos dois está prestes a começar a mandar. Penso nisso, às vezes.

Depois, de noite, não consigo dormir.

Mas nunca consegui relacionar os fenômenos.

Bai.


L

Um comentário:

Anônimo disse...

kkkkk, o mercado americano têm que se sifu mesmo!

Esta da crise do mercado automobilístico está na cara, só não vê quem não quer!
É aquela historia de bolha, onde os escrupulosos se aproveitam até o ultimo numero ai quando ela estoura pedem dinheiro para o governo. O mundo já foi melhor... Obrigado globalização!
Fernando.