quinta-feira, 17 de abril de 2008

O Carcamano - Parte I, ou... o início da série!


Quando criança, havia duas dúvidas em particular que me assolavam. A primeira: por que diabos os vilões dos quadrinhos e desenhos animados curtiam tanto a idéia de dominar o mundo? Que graça teria (se conseguissem)? Administrar um condomínio já é uma baita encheção, imaginem o mundo. Fome, caos climático, doença, pragas, gente de toalha amarrada na cabeça se explodindo uns aos outros e o escambau... Lógico... haveria o lado bom: mulheres, automóveis, mulheres, mansões, mulheres, iates e mulheres, mas ainda assim, pra tudo isso, bastava fazer um assalto bem feito, fundar um país numa ilha e pronto. Mas é claro que vilões não costumam ir ao terapeuta. Sem contar os casos de megalomania crônicos, tipo o Esqueleto do He-man, que depois de dominar Eternia, queria dominar o Universo. Realizem que se ele fosse chegado ao nepotismo, seu filho seria o quê? O superintendente da Via Láctea talvez? Pfff. Ridículo.


A outra pergunta que se recusava a calar era: por que quem morava na Moóca, em São Paulo, se achava superior? Pelo menos, era a sensação que eu tinha quando criança. Perguntava-se na escola: "onde você mora?" e todo mundo respondia normal, tipo "ah, eu moro no Jabaquara" ou "eu, na Aclimação". Só um tipo de pessoa fazia uma pausa dramática, colocava a mão no coração, fitava o firmamento e dizia; "...e eu.... na MOÓCA!!"


Passei anos tentando captar a maestria da Moóca. Até juventino me tornei. O que posso dizer depois de muito estudo é que se houvesse um vilão com planos de dominação nascido em São Paulo, ele só poderia ser da Moóca e que, sendo da Moóca, o objeto de sua dominação, só poderia ser a Moóca. Que mané Europa... A Moóca é muito melhor.


Baseado nesse raciocínio, nasceu o Barão Moóca. Uma mente criminosa com um único objetivo na vida... Dominar a Zona Leste, fazer dela um país com a Moóca como capital e os bairros próximos como satélites de influência.


E só um homem poderá impedir.


O Carcamano - Parte I. Uma história de um homem e sua obsessão. Também o primeiro capítulo da série Capitão São Paulo.


aqui.

2 comentários:

Unknown disse...

Não poderia me furtar a comentar algo no texto do Barão Mooca!!!! Aposto que ele nasceu no entroncamento entre Paes de Barros, Rua do Oratório e Rua da Mooca. Invejem-nos!!! Sr. Lovric, em minha próxima ida a SP combinemos um pizza na terra sagrada. Nossos ares o farão bem.

Forte abraço e parabéns pelo blog. Vez por outra virei por aqui encher a paciência.

E vou divulgar o endereço a alguns colegas de bairro para que cuidem de suas críticas.

Chuster

Eu, minhas amigas... e eles! disse...

A Mooca realmente é um caso a parte.